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Realizando uma interação do singular com o universal, do mais antigo com o mais moderno, da razão com a emoção, aproximando os espaços distantes e temporalidades distintas, o autor realiza uma espécie de ajuste de contas com o autoritarismo. Países que experimentaram uma via prussiana de passagem ao capitalismo (expressão cunha por Lênin para estudar o caso russo) foram e são vítimas de ciclos autoritários duradouros. Temas da psicanálise são usados para interrogar, práticas, saberes e afetos pussianos (e, portanto, autoritários) que duram até hoje. Desde sua tese de doutorado, o autor vem usando elementos da teoria psicanalítica como método de análise, em campos como a ideologia, a política e o direito. Em Autoritarismo Afetivo, Gisálio Cerqueira Filho refina seu método. A falta do Outro - esse real da psicanálise - que, Sigmund Freud descobriu na clínica e designou-a como castração, é aqui buscada no campo da cultura, investigada a partir da lógica, tanto do significante inscrita na ideologia e nas lutas históricas, quanto na economia do gozo.